sexta-feira, 16 de maio de 2008

Profissionais da Educação


Autoridade x Autoritarismo

Autor: Departamento de Educadores


É preciso que seus educandos acreditem que ele é uma pessoa compreensiva, amorosa e respeitável.
Estudando o volume 14, item 11, da coleção A Verdade da Vida, verifica-se que os atos educativos mais prejudiciais à boa educação são os autoritários:
Repreensão excessiva – a repreensão grava duplamente o mal na mente da criança e provoca nela o desejo de repetir o mesmo mal.
Impor-se pelo temor – a criança pode deixar de praticar o mal pelo temor de ser repreendida – mas interiormente ela está gravando em sua mente um duplo mal: o desejo de praticá-lo e o temor.
Violência e punição – crianças que sofrem violência e punição quando desobedecem a seus superiores, tendem a ser adultos opressores de seus subordinados.
Coação – quando é coagida a fazer algo, a criança se rebela e perde o interesse por aquilo que está sendo forçada a fazer. No caso dos estudos, por exemplo, passa a detestá-los.
Educando com autoridadeEm primeiro lugar, o educador precisa conscientizar-se de que, no interior de uma criança, assim como de todos os seres, existe a natureza divina, a essência perfeita. A criança é capaz de raciocinar e de entender tudo o que lhe é explicado, quando é orientada com amor. O educador que tem autoridade, que pretende formar cidadãos éticos e realizados, deve, de acordo com a Educação da Vida, proceder da seguinte maneira:
Recorrer à lógica – explicar pacientemente à criança o porquê das coisas – faz com que ela ouça e facilite a sua compreensão e aprenda a explicação lógica – isso desenvolve em sua mente a capacidade de raciocínio e dedução. Entretanto, muitos pais recorrem à violência, não porque não amam seus filhos, mas porque pensam que eles não conseguem entender a lógica. Se explicar pacientemente porque devem agir de determinada forma, com certeza eles entenderão.
Dar ao educando a liberdade de se expressar – Ouvir. É necessário ouvir atentamente o que ele tem a dizer, dando-lhe a liberdade de se expressar à sua maneira. Resolver a questão em conjunto. Isso favorece o bom relacionamento entre ambos.
Orientar o pensamento e a vitalidade da criança – é dever do educador orientar os atos dos educandos para a direção correta. “Entre os desejos da criança estão misturadas ‘ervas daninhas’ que, se não forem removidas, dificultarão o desenvolvimento das qualidades que poderão dar belas flores e bons frutos. (...) Distinguir bem entre o que deve ser desenvolvido e o que deve ser removido, e desenvolver somente as boas qualidades”.
Habituar a criança a praticar bons atos – orientá-la a criar bons hábitos e realizar boas ações. Também com relação aos jovens, é necessário chamar a atenção deles para as necessidades das pessoas ao seu redor.
Respeitar a individualidade da criança – “Certamente a individualidade da criança deve ser respeitada, mas isso não significa que se deva permitir-lhe fazer indiscriminadamente tudo que quiser.” Hoje em dia, com o argumento de que se deve preservar a individualidade ou promover a auto-estima do educando, muitos educadores permitem-lhes praticar atos que prejudicam a harmonia do ambiente. Para formar cidadãos éticos, é necessário que eles compreendam que não podem fazer coisas que tragam malefícios aos outros em favor de seus próprios caprichos e interesses.
Ensinar a ser humilde – com humildade, o adulto não deve sustentar teimosamente seu argumento falho. “Quando um adulto se ajoelha diante da Verdade, a criança compreende que ela também deve ser humilde perante a Verdade.” Ela perceberá claramente isso e irá habituando-se a não insistir nos erros. “Não deve ficar a impressão de que a criança convenceu o adulto. Essa humildade não significa a derrota do adulto ante o argumento da criança, e sim o exemplo de como é bom o ser humano, inclusive o adulto, curvar-se humildemente diante da Verdade. Isso é muito importante para o desenvolvimento sadio da natureza humana.”
O bem se origina do livre fluxo da energia vital
“Não se deve coagir a criança a fazer algo. Não se deve coagir ninguém. No mundo sob coação, tudo parece correr em perfeita ordem, mas o que ali existe é unicamente um movimento mecânico. Ali não existe nenhuma boa ação. O bem se origina unicamente do livre fluxo da energia vital. O ser humano possui o dom de praticar espontaneamente o bem quando sua energia vital flui livre e descontraidamente. Por conseguinte, não se deve empregar métodos coativos, mesmo para conduzir o caráter e os desejos da criança para a direção certa."

SEICHO-NO-IE DO BRASIL
Departamento de Educadores
Bibliografia: TANIGUCHI, Masaharu,
A Verdade da Vida, vol. 14 - item 11, pp. 187-192

Vamos praticar !!!

Este mês, vamos nos esforçar e praticar integralmente a Educação da Vida, dedicando mais tempo aos nossos educandos, procurando fazer com que eles atendam às nossas solicitações, dirigindo-nos a eles com tom de voz amável, recorrendo à lógica, respeitando suas individualidades e habituando-os a praticar o bem espontaneamente.

Departamento de Educadores

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